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Entendendo a Crise de Pânico: Quando o Corpo e a Mente Entram em Alerta Máximo

  • Foto do escritor: Psicóloga Ana Silva
    Psicóloga Ana Silva
  • 17 de fev.
  • 3 min de leitura



A crise de pânico é uma experiência intensa e avassaladora, caracterizada por uma sensação súbita de medo extremo e desconforto, que atinge seu pico em poucos minutos. Durante a crise, o corpo reage como se estivesse diante de um perigo real, mesmo sem uma ameaça aparente. Mas o que acontece, afinal, no organismo durante uma crise de pânico? Por que ela ocorre? E como a psicologia explica esse fenômeno?


🤯 O Que é uma Crise de Pânico?

A crise de pânico é uma manifestação aguda de ansiedade, que pode surgir de forma inesperada ou ser desencadeada por situações específicas. Essa crise faz parte do Transtorno do Pânico, um quadro de ansiedade caracterizado pela recorrência dessas crises e pelo medo persistente de que elas voltem a ocorrer.



Conheça as Reações Fisiológicas de uma Crise de Pânico

Durante uma crise de pânico, o sistema nervoso autônomo, especialmente o sistema simpático, entra em ação, liberando hormônios como adrenalina e cortisol. Esses hormônios preparam o corpo para a famosa reação de "luta ou fuga", causando sintomas físicos intensos, como:


🫀 Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos)

😥 Sudorese excessiva

😖 Tremores

😮‍💨 Sensação de falta de ar ou sufocamento

😵‍💫 Tontura e sensação de desmaio

👋 Formigamento nas extremidades

🥶 Calafrios ou ondas de calor


FIQUE TRANQUILO, essas respostas são, na verdade, mecanismos de sobrevivência, projetados para garantir que o corpo reaja rapidamente a perigos reais. No entanto, na crise de pânico, essa ativação acontece sem um motivo aparente.


A Visão da Psicologia Evolutiva

Do ponto de vista evolutivo, o medo é uma emoção fundamental para a sobrevivência. Nossos ancestrais dependiam dessa resposta automática para escapar de predadores e outras ameaças. A crise de pânico, nesse contexto, seria uma ativação excessiva desse sistema, como se o cérebro identificasse perigo mesmo em situações seguras.




Por Que a Crise Acontece?

Não há uma única causa para a crise de pânico. Ela pode estar relacionada a fatores genéticos, experiências traumáticas, estresse crônico, ansiedade, contexto de vida (ambiente), entre outras condições. O cérebro, especialmente a amígdala, que regula as respostas emocionais, pode estar mais sensível a determinados estímulos, interpretando sinais inofensivos como ameaçadores.


🫀Sintomas Físicos e Emocionais

Além das reações físicas, a crise de pânico também envolve sintomas emocionais, como:


  • Medo intenso de morrer, enlouquecer ou perder o controle

  • Sensação de irrealidade (despersonalização ou desrealização)

  • Pânico iminente, mesmo sem uma razão aparente

Essa combinação de sintomas pode gerar grande angústia, levando muitas pessoas a evitarem situações em que já tiveram uma crise, o que pode restringir significativamente sua qualidade de vida.

Qualquer Pessoa Pode Ter uma Crise de Pânico?

Sim, qualquer pessoa pode experimentar uma crise de pânico ao longo da vida, especialmente diante de situações de estresse extremo. No entanto, algumas pessoas apresentam maior vulnerabilidade devido a fatores como predisposição genética, estilo de vida, histórico de traumas ou transtornos mentais associados, como depressão e ansiedade generalizada.

Por Que Algumas Pessoas Têm e Outras Não?

As diferenças individuais na sensibilidade ao estresse, regulação emocional e funcionamento neurobiológico explicam por que algumas pessoas desenvolvem crises de pânico e outras não. Estudos indicam que o desequilíbrio em neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina, pode aumentar a propensão a esses episódios.


Tratamento para Crises de Pânico

O tratamento para crises de pânico é eficaz e pode envolver abordagens combinadas, como:


  • Psicoterapia: A Terapia é um dos caminhos mais indicados, ajudando o paciente a identificar e modificar pensamentos catastróficos e aprender técnicas de regulação emocional.

  • Medicação: Em alguns casos, o uso de medicantos, sob orientação médica, é recomendado para estabilizar os sintomas.

  • Práticas de Relaxamento: Exercícios de respiração, mindfulness e atividades físicas regulares ajudam a reduzir a ativação do sistema nervoso simpático.

A crise de pânico, é extremamente dolorosa, e embora assustadora, é uma resposta fisiológica do organismo que pode ser compreendida, tratada e superada com o apoio adequado. Se você ou alguém próximo enfrenta esse desafio, buscar ajuda profissional é o primeiro passo para retomar o controle e viver com mais tranquilidade e segurança.


Você não está sozinho! Cuidar da sua saúde mental é um ato de coragem e de autocuidado.

Atenção: Este site não oferece atendimento imediato a pessoas em crise suicida.
Em caso de crise ligue para o CVV – 188.

Em caso de emergência, procure o hospital mais próximo. Havendo risco de morte,
ligue imediatamente para o SAMU (192) ou Corpo de Bombeiro (193).

© 2024 por Ana Silva. 

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